Porque se vacinar?

Nenhum de nós imaginou cenário tão trágico como o que se delineou na pandemia da COVID-19. Chegamos ao triste número de mais de 400.000 óbitos em meio às incertezas da população de se manter financeiramente, em função do prolongado lockdown imposto pelas autoridades municipais e estaduais.

A esperança reacendeu na criação das vacinas em tempo recorde, em diversos países do mundo, com diferentes princípios metodológicos e científicos, muitas delas fruto do desenvolvimento de alta tecnologia e conhecimento humano acumulados desde o surgimento da primeira vacina com Edward Jenner, em 1776, contra a varíola.

Mas, simplificando, muitos ainda têm dúvida e se perguntam: como a vacina age e porque se vacinar?

A maior parte das vacinas é uma solução constituída por partículas ou partes inteiras e inertes de um agente, potencialmente infeccioso, preparado de forma tal a quando entrar em contato com o sistema imune do indivíduo, produzir uma reação de proteção através de “soldados” protetores chamados de anticorpos.

Um dos desafios a se alcançar pelos fabricantes das vacinas é usar uma ou mais partículas que não sofram mudanças pelas mutações constantes dos agentes, tais como acontecem com o vírus Influenza da gripe e agora, com o vírus da COVID, para que os anticorpos formados reconheçam e continuem destruindo esses agentes, mesmo quando mutados.

Para que as vacinas sejam efetivas, às vezes é necessário a aplicação de mais de uma dose, em intervalos de tempo variáveis, como por exemplo a vacina para tétano, cujo reforço tem que ser aplicado a cada dez anos.

A História moderna está recheada de episódios de enorme sucesso alcançados pelo uso rotineiro e sistemático das vacinas. Em 1980, a varíola foi considerada erradicada no mundo. Estima-se essa doença matou entre 300 a 500 milhões de pessoas no século XX e que teve seu agente, um vírus, permanecido na Terra por mais de 10.000 anos.  No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem, causador da poliomielite, doença fatal e paralisante, ocorreu em 1989, na cidade de Souza/PB. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio (VOP), a partir da década de 1970.

Os cientistas e infectologistas da atualidade creditam às vacinas a melhor forma de prevenção tanto das doenças, sua mortalidade e complicações.

Os raros efeitos colaterais e geralmente brandos das vacinas não comprometem seu uso em larga escala, e são muito inferiores à estatística de mortes de pessoas pela doença quando não se vacinam.

E então, concluindo, vacinem-se, pois prevenção ainda é a melhor estratégia para qualidade de vida e saúde para todos!

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